quinta-feira, 30 de maio de 2013

IX FANTASPOA - Dawn of the Dead

Dawn of the Dead – Despertar dos Mortos

Estamos diante de um clássico absoluto do cinema de terror. Esse filme foi lançado em 1978 e teve no roteiro e na direção ninguém menos que George A. Romero. Muitas pessoas afirmam que ele é o pai do Zumba moderno, aquele que é lento, burro e precisa apenas um bom pedaço de carne viva para ser feliz. Romerão é responsável por vários filmes “alguma-coisa of the Dead”, como Day, Land, Night, Survival, Diary of the Dead. Inclusive esse último é uma cópia do grande Cannibal Holocaust, mas isso nós vamos deixar para outro Review Maluco. Além desses filmes, Romerão também escreveu e dirigiu clássicos como Season of the Witch, The Crazies, Knightriders, Monkey Shines, entre outros. Ele até fez dupla com outros dois mestres do cinema de Horror. Ele Trabalhou junto como Stephen “pai deles” King no Creepshow e com o mestre Dario Argento no Due Occhi Diabolici (Dois Olhos Satânicos). No elenco principal do filme temos David Emge (Hellmaster, Basket Case 2), Ken Foree (Devil’s Rejects, From Beyond), Scott H. Reiniger (Knightriders, Dawn of the Dead 2004), Gaylen Ross (Creepshow), David Crawford (Lady Beware, Sabbath), David Early (Creepshow, Knightriders) e Richard France (The Crazies, Graveyard Shift). No elenco também temos o próprio Romerão, fazendo o diretor de TV e um dos Punks que atacam o shopping. Se vocês lembrarem tem um deles vestido de Papai “velho batuta” Noel e esse é o Romerão. Outra figura carimbada que atuou e fez os efeitos especiais do filme foi o mestre Tom Savini que já apareceu aqui no Friday The 13th e no Blood, Boobs & Beast. O filme foi feito com o valor estimado de 600 mil Obamas e conseguiu arrecadar 55 milhões de verdinhas. Agora da para entender o porquê tem vários “alguma coisa” of the Dead?


Seguindo os eventos zumbizescos do Night of the Living Dead, iniciamos o filme em um estúdio de televisão onde um programa de entrevista está sendo transmitido. As duas pessoas ficam discutindo e filosofando sobre os mortos estarem voltado a vida. Então um dos dois começa a falar que se você for mordido vai se transformar em um deles, que a única maneira de para-los é atirando no cérebro e que eles são movidos pelo simples desejo de alimentação, sem emoções e sem escolhas, somente o alimento é importante para as pessoas que voltaram à vida. Claro que hoje para nós isso é um assunto batido, mas em 1978 não era. Durante o bate papo a coisa se torna caótica, porque ninguém mais quer saber de transmitir e todos querem ir embora, mas como sempre tem o pessoal que acredita no true jornalismo e a coisa vai indo de qualquer jeito.


Agora surge um carinha de jaqueta de couro e com um cabelo estiloso (Stehen) que me lembrou de Steve Rhoades, o vizinho de Al Bundy do Married... with Children. Ele fala para uma das moças (Gaylan) que estão no estúdio, para ela se aprontar que as nove horas estar no terraço do prédio que ele vai fugir com ela de helicóptero. Logo depois uma força tarefa da polícia que está em um cerco á um prédio, onde alguns porto-riquenhos fizerem alguns reféns por algum motivo que realmente não é importante para a intriga. O que temos que ter em mente é que o bala come solta e em algum momento, uma das pessoas mortas volta à vida e o resto é história. No meio da confusão, Roger (Scott) encontra Peter (Ken) e durante um crivo amigo Roger conta que tem um amigo que tem um helicóptero e que eles vão dar no pé e é claro que Peter não é louco e vai junto.


Fechamos o nosso grupo com dois policiais, uma repórter e o piloto que os policiais resolveram dar o carinhoso apelido de flyboy. Eles saem sobrevoando vários locais, mas efetivamente eles não têm um plano formado e é claro que a gasolina está na unha. Eles resolvem parar em uma estação de reabastecimento com a esperança de encontrar combustível e mantimento. Eles até encontram, mas é obvio que existe um ônus nisso tudo, ZUMBAAAASSSSSSS. Depois de matar e fugir, o desespero bate nos ombros dos nossos heróis até que eles visualizam um oásis no meio da bagunça, um Shopping Center.


Dentro do shopping existem alguns mortos-vivos, mas nada com que eles possam se preocupar. Eles ainda dão o maior pé quente, porque no backstages do shopping eles encontram um caminhão de caixas com alimentos, medicamentos e provisões. Então agora é só cuidar dos Zumbas que estão de bob’s por ali. O quarteto consegue uns caminhões para fazer umas barricadas nas entradas principais e como dentro do shopping tem uma loja de departamento, que seria uma mistura de Leroy Merlin com Wallmart (God Bless America) e uma loja com armas e munições (God Bless America again) o resto está garantido. Existe até um fliperama no lugar, eu podia morar lá também.


Se tudo está indo tão bem, o que é que acaba acontecendo para abalar in statu quo res erant ante bellum? Acontece a maior praga que os anos 70/80 já viram: OS PUNKS. Mas não os punks convencionais, são aqueles DUMAL que estão nos filmes pós-apocalípticos ou de gangs ou nos clips do Micheal Jackson. Então agora é lutar contra zumbis e punks e que vença o melhor.


A trilha sonora do filme inicialmente foi composta por uns caras quaisquer que realmente não tem importância. O que temos que saber é que era ruim. Como Dario Argento foi consultor para assuntos aleatórios do filme, ele sugeriu que ao invés da trilha que tinha sido feita, o melhor era chamar uma gurizada psicodélica para fazer uma nova trilha. Foi assim que Goblins entrou na trilha sonora do Dawn of the Dead. Durante a primeira semana do FANTASPOA tivemos o privilégio de ter em alguns filmes a presença do fundador dos Goblins Claudio Simonetti, que foi um dos homenageados do festival. Para quem não sabe, Claudio é filho do grande maestro Enrico Simonetti, que tinha um programa na extinta TV Excelsior chamado Simonetti Show. Como Dario Argento e Goblins já tinham trabalhado juntos em Profondo Rosso (Prelúdio para Matar) e Suspíria a indicação para o filme do Romerão foi muito bem colocada.


Existe uma polêmica sobre um suposto final alternativo, que não vou falar aqui para não me acusarem de ficar dando spoiler. O fato é que Tom Savini afirma que foi filmado esse final e que seria muito dukaralho se fosse ele, mas parece que Romerão ficou cagado com a repercussão que o famigerado final poderia causar e deixou um final focado na esperança. Existe um documentário que mostra declarações do próprio Romerão falando que existem as tais cenas, então eu não entendo porque que ele nega o assunto.


Uma coisa que eu realmente não me lembrava, mas existe uma adaptação para videogame do filme. Quem achou que o jogo era para PS One ou SNes se enganou feio. O pitoresco jogo foi lançado para Atari e o bacana é que você tem que usar todo o seu poder imaginativo para acreditar que você está atirando em zumbis. Na verdade não é um jogo original, ele é um hack do jogo Worm War I, mas como o Atari era uma plataforma aberta e não existia essa preocupação com pirataria, um fã modificou o jogo. Se você não acredita vou colocar aqui o link se estiver interessado em dar uma jogada.


Em 2004 o senhor Zack Snyder que foi responsável por 300, Watchmen e Sucker Punch e está responsável pela direção do novo filme do Homem de Aço, fez um remake de Dawn of the Dead, mas o filme tem um clima bem diferente desse aqui. Os 127 minutos do filme clássico são obrigatórios para qualquer pessoa que se diz fã de zumbis. Claro que tem que levar em consideração a época, porque como não tinha muitos recursos de efeitos especiais, os zumbis eram confundidos com Smurfs, porque todos eram meio azuis, bons tempos...


Bom, vamos às notas:

Diversão
3
Tosquice
2
Trama / História
3




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